Ansiedade

Ansiedade

Por que a ansiedade se tornou tão comum?

Fatores externos, como a correria do dia a dia, tensão e pressão no ambiente de trabalho, prazos apertados, trânsito caótico e acesso fácil e rápido a uma infinidade de informações são os principais causadores da ansiedade, que vem afetando cada vez mais as pessoas. Mesmo parecendo inofensiva, a ansiedade é mais comum do que imaginamos e pode trazer vários problemas. O melhor é contar com o auxílio de um psicólogo assim que os primeiros sintomas aparecerem. Desta forma, a melhora chega mais rapidamente e se evita transtornos mais complicados.

Qualidade de vida prejudicada

A ansiedade é um sentimento antigo, mas que tem sido comentado de forma mais recorrente nos dias atuais. São considerados ansiosos aqueles que vivem no futuro, ou seja, se preocupam demais com coisas que ainda não aconteceram ou pior, que nem vão acontecer. Todos os tipos de ansiedade podem ser tratados com terapia para que não venham a atrapalhar profundamente a qualidade de vida das pessoas. Há pesquisas atuais que indicam que 8 em cada 10 trabalhadores apresentam algum sintoma de ansiedade ao longo da carreira.

Como hoje em dia, as ameaças são mais divulgadas, e é natural que os casos de quadros ansiosos tenham aumentado. Afinal, a ansiedade faz parte do nosso sistema de defesa. O termo tem pouco mais de 100 anos e foi usado por Sigmund Freud, no fim do século 19, com a seguinte definição: ansiedade é o medo de algo incerto, sem objeto. Mais tarde, em 1967, o psiquiatra australiano Aubrey Lewis definiu a ansiedade como “um estado emocional com a qualidade do medo, desagradável, dirigido para o futuro, desproporcional e com desconforto subjetivo”.

Quem já passou ou passa por ele sabe o quanto este sentimento é incômodo e como é cansativo viver em constante estado de alerta. A ansiedade consome muito do estoque de energia que o ser humano dispõe e é daí que vem o sofrimento. Ela surge no sistema chamado límbico, que faz parte do mecanismo de defesa do nosso corpo e analisa as ameaças presentes, além de registrar os perigos e os riscos. Quando estamos ansiosos, ainda conseguimos agir de forma racional, traçar planos e realizar tarefas.

Uma nova maneira de pensar

Por isso, que não é preciso se afastar do trabalho, por exemplo. Mas o problema é que ansiedade em demasia acaba ocasionando outros problemas mais graves, como a síndrome do pânico e o transtorno obsessivo compulsivo, estes, sim, passíveis de licença médica e de tratamentos mais complexos, inclusive, com medicação. Por isso é que se torna necessário aprender a controlar a ansiedade e é ai que entra o poder da terapia.

O psicólogo analisa todo o processo cognitivo e junto com o paciente constrói uma nova maneira de pensar, determinando, inclusive, o grau de ansiedade que a pessoa se encontra. O tratamento avalia, ainda, a questão genética e também as experiências de vida que podem ter contribuído para essa preocupação exagerada. Na terapia, são abordadas as experiências traumáticas que por ventura o paciente tenha tido e esteja levando-o a temer ameaças que, na verdade, não existem.

Só dependemos de nós mesmos para encontrar a felicidade

É importante lembrar que preocupação todo mundo tem. Porém, quando isso começa a atrapalhar as relações pessoais, o desempenho no trabalho e a causar outras situações delicadas e que causam sofrimento, é melhor conseguir dominar a ansiedade. Os sintomas mais sérios são falta de ar, taquicardia, boca seca, tremedeira, sudorese, insônia, insegurança, irritabilidade e tristeza. Mas é preciso tomar muito cuidado com a automedicação e fugir dos diagnósticos falsos, comuns numa época em que “ser ansioso” parece que virou moda.

Como disse Renata Salecl, da London School of Economics, à Revista Super Interessante, “vivemos a ideologia da escolha, somos donos da nossa própria vida e só dependemos de nós mesmos para encontrar a felicidade.” Partindo desta ideia, o melhor é escolher tratar a ansiedade e viver mais feliz!

Autora: Thaiana Brotto (Psicóloga CRP 06/106524)

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